Do campo para a cidade

Desafios do Agronegócio

“Temos um cenário de restrição de terras, limitação de insumos, como água, fertilizantes e químicos, e uma mudança climática agressiva que impacta toda a lógica de operação agrícola”, destaca Naldo Dantas, especialista no desenvolvimento de novos negócios da Bosch América Latina. A América Latina, em particular o Brasil, tem papel decisivo nesse contexto. O país está entre os maiores produtores de vários dos produtos do setor. “O principal desafio da agricultura hoje é como produzir mais e melhor com menos”, resume o zootecnista Rafael Zavala, representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Mas existem outras situações que precisam ser enfrentadas, como as listadas a seguir Produzir mais com menos trabalhadores Outro ineditismo, em comparação a períodos anteriores, é que hoje há mais pessoas morando nas cidades do que no campo — consequentemente, há também menos trabalhadores atuando nas atividades agropecuárias. No mundo, apenas um em cada quatro se dedica ao setor; já no Brasil esse número é ainda maior — um em cada dez. Assim, será preciso gerar mais comida com menos mão de obra, e isso só será possível com o uso maior de tecnologia. “O uso de tecnologias pode alavancar a produção e, ao contrário do que se imagina, proporcionar novos postos de trabalho. Lógico que, para isso, é preciso qualificar os trabalhadores e oferecer salários mais atrativos”, comenta o engenheiro agrícola Marcos Roberto da Silva, professor do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Economizar água Lavouras irrigadas são mais produtivas: ocupam 20% da área agricultável do planeta e respondem por 40% da produção. Essa técnica, portanto, será essencial para a agricultura fazer frente ao desafio de alimentar o mundo — e também para minimizar o impacto das mudanças climáticas nas plantações. “O volume disponível de água para agricultura terá que competir com as necessidades de abastecimento humano e industrial em decorrência do aumento da população”, afirma o professor da Escola Superior de Agricultura da USP (Esalq), Jarbas Honório de Miranda, especialista em irrigação. Somente no Brasil, a irrigação é responsável por mais da metade da demanda de água. Produzir mais sem poluir Na agropecuária propriamente dita, algumas práticas interferem na poluição do planeta, como a emissão de metano pelos bois, o uso de fertilizantes e adubos, e a queima de resíduos. O representante da FAO no Brasil, destaca a necessidade de melhoria no solo, plantando em áreas degradadas como forma de captar o carbono emitido pela agropecuária. “A maior parte das zonas degradadas do planeta, que não são desérticas originalmente, foi degradada pela agricultura. A regra de ouro é manter o solo com cobertura vegetal e criar meios para um uso que seja menos erosivo.” A poluição na agricultura também está relacionada ao destino de agroquímicos. O país ainda precisa evoluir muito no quesito defensivos e resíduos, mas já é possível ver iniciativas como o Sistema Campo Limpo iniciativa do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), uma entidade sem fins lucrativos criada pelos fabricantes de defensivos agrícolas, a fim de promover a correta destinação das embalagens vazias de seus produtos. A ideia é que, com o passar dos anos, ações como essas cresçam e ajudem a tornar o país mais sustentável.

Os cultivos mais lucrativo de todo o Brasil:

Soja

A soja (nome científico: Glycine max), também conhecida como feijão-soja e feijão-chinês,[1] é uma planta pertence à família Fabaceae, família esta que compreende também plantas como o feijão, a lentilha e a ervilha. É empregada na alimentação humana (sob a forma de óleo de soja, tofu, molho de soja, leite de soja, proteína de soja, soja em grão, etc.) e animal (no preparo de rações). A palavra "soja" vem do japonês shoyu.[2] A planta é originária da China e do Japão. É um grão rico em proteínas. Dentre os sais minerais, os mais presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido ascórbico). Porém é pobre em vitamina A e não contém vitamina D e B12.[3].

Milho

"Milho verde" redireciona para este artigo. Para o distrito do município de Serro, Minas Gerais, veja Milho Verde. Milho (Zea mays) é um cereal cultivado em grande parte do mundo e extensivamente utilizado como alimento humano ou para ração animal devido às suas qualidades nutricionais. Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem mexicana, já que a sua domesticação começou de 7 500 a 12 000 anos atrás na área central do México.[1] Tem um alto potencial produtivo e é bastante responsivo à tecnologia. O seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. A produção mundial foi 817 milhões de toneladas em 2009 - mais que arroz (678 milhões de toneladas) ou que trigo (682 milhões de toneladas). O milho é cultivado em diversas regiões do mundo. O maior produtor mundial são os Estados Unidos.[2].

Algodão

O algodão se destaca como um dos plantios mais rentáveis no país, junto com a soja. Um ponto importante é o alto custo de investimento inicial e depende de condições climáticas propícias para o sucesso. Aqui, os estados da Bahia e do Mato Grosso se destacam na produção devido, principalmente, às condições climáticas ideais ao plantio.

Laranja

O Brasil possui grande destaque também na produção de laranja e é responsável por mais de 30% da produção no mundo. É o líder mundial neste quesito e a safra cresce a cada ano, com os estados da Bahia e de São Paulo se destacando no país.

Café

O Brasil sempre foi destaque na produção mundial de café e não é diferente quando o quesito são os produtos agrícolas mais lucrativos. O país é o maior produtor e exportador do mundo, além de o café produzido ter uma ótima qualidade. Além de produzir e exportar, o país é o segundo maior consumidor do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Assim, fazer um investimento no plantio de café é sinal de grandes chances de boas rentabilidades. Especialmente o sul de Minas Gerais, onde é considerada a região de clima mais propício ao plantio do café no Brasil.